TRANSMISSÃO DE IMAGENS – CABOS X RF

 

Para a transmissão de imagens, temos como opção a transmissão por cabos (mais barata, por dispensar a necessidade de emprego de um transmissor) ou por sinais de rádio frequências. Qualquer micro câmera pode transmitir tanto de um jeito ou de outro. Tudo depende do tipo de equipamento que estará conectado à micro câmera. Veja que tipos de equipamentos podem ser diretamente conectados à uma micro câmera qualquer:

  

 

Um vídeo monitor ou aparelho de televisão, para observação direta das imagens geradas.

 

 

Um vídeo cassete para gravação das imagens - que por sua vez pode estar ou não conectado a um aparelho de TV para observação simultânea do que está sendo gravado.

 

Um equipamento miniaturizado para a realização de gravações, como por exemplo um mini gravador digital de vídeo.

 

 

Um transmissor RF de sinais A/V (áudio e vídeo), para a transmissão sem fios das imagens geradas. Este transmissor, por sua vez, poderá transmitir diretamente para um aparelho de TV ou para um aparelho receptor (que acompanha o transmissor). No caso da recepção do sinal ser para um receptor (e não uma TV, depende da freqüência do sinal) poderá estar conectado à um monitor, aparelho de TV ou vídeo cassete.

 

 

Determinados tipos de operações podem exigir um conjunto com transmissão RF de imagens. Por exemplo, imagine, que você precise filmar o interior de um escritório durante uma reunião. Considerando que você não tria tido acesso prévio ao local da reunião para proceder à instalação dos equipamentos de filmagens, você precisaria então, instalar o conjunto junto ao seu corpo. Neste caso, consideraremos que você decida por empregar uma micro câmera dissimulada em óculos para realizar esta hipotética gravação. Deveríamos ainda

Neste caso, uma forma prática, barata e discreta para realizar a filmagem implicaria em empregar um transmissor RF sem fios, que por sua vez fosse conectado à um equipamento miniaturizado para realizar a gravação das imagens e do áudio captado pela micro câmera. Veja a ilustração a seguir:

 

À ESQUERDA:

Micro câmera dissimulada em óculos conectada (via cabos ou RF) a um mini gravador de vídeo, portado no próprio bolso do operador. Neste caso não há necessidade de emprego de uma equipe de apoio, ou mesmo de outros equipamentos.

 

À DIREITA:

Micro câmera dissimulada em óculos conectada a um transmissor RF (no bolso) que está transmitindo o sinal para fora do ambiente alvo. Neste caso, o local de recepção do sinal é onde estará sendo feita a gravação.

 

Na imagem à esquerda, vemos que o operador está equipado com a micro câmera (óculos), que pode estar transmitindo o sinal tanto por cabos quanto por sinais RF até o bolso, onde localiza-se o mini gravador digital de vídeo que irá armazenar os sinais captados. A opção pela transmissão entre os óculos e o mini gravador de vídeo ser por cabos ou RF irá depender da conveniência do momento: o operador possui um transmissor RF disponível para conectar o óculos ao gravador? A freqüência de operação do mesmo não irá coincidir com alguma câmera sem fios do CFTV do ambiente alvo da gravação? Dependendo das repostas, talvez o operador opte por conectar os óculos ao mini gravador por cabos mesmo. Como se vê a opção pelo tipo de transmissão do sinal (cabos ou RF) é meramente circunstancial.

 

Na imagem à esquerda, vemos que o operador resolveu conectar sua micro câmera dissimulada em óculos, diretamente a um transmissor RF, não portanto assim, o mini gravador digital de vídeo no próprio corpo. Talvez o operador tenha chegado à conclusão de que este equipamento iria gerar muito volume sob suas roupas, ou ainda tenha achado melhor transmitir os sinais A/V, em tempo real, para uma equipe de apoio localizada dentro do carro estacionado no outro lado da rua. Mais uma vez, percebemos que a decisão é circunstancial, e havendo disponibilidade de equipamentos, várias opções de conjugação são possíveis.

 

 

As frequências de transmissão dos sinais de vídeo utilizadas pelos transmissores de sinais A/V são, principalmente:

·         434 MHz (faixa utilizada por poucos equipamentos, alcance típico de 50-150 metros, transmite os sinais diretamente para um aparelho de televisão);

·         900 MHz (faixa muito utilizada por diversos modelos de transmissores, alcance típico do sinal em torno de 100-300 metros, requer receptor específico, que geralmente acompanha o transmissor);

·         1.2 GHz (faixa muitíssimo utilizada por diversos modelos de transmissores, alcance típico 200-600 metros, requer receptor específico, que geralmente acompanha o transmissor);

·         2.4 GHz (faixa muitíssimo utilizada por diversos modelos de transmissores, alcance típico 100-300 metros, requer receptor específico, que geralmente acompanha o transmissor);

·         5.6 GHz (a mais nova faixa utilizada pelos transmissores produzidos em escala comercial, ainda pouco utilizada, requer receptor específico, que geralmente acompanha o transmissor);

Como se pode ver, as frequências abaixo de 900 MHz apresentam a vantagem de dispensarem o emprego de receptores exclusivos para receberem estes sinais, pois qualquer aparelho de televisão encontrado nas lojas atualmente têm mais 80 canais, onde é possível encontrar estas freqüências de recepção. A desvantagem fica no fato de que as transmissões de sinais A/V nestas frequências serem menos seguras. Isto acontece porque qualquer pessoa que esteja dentro do raio de alcance do sinal, e sintonizado no mesmo canal utilizado pelo transmissor, poderá compartilhar das imagens transmitidas. Contudo, mesmo nas maiores cidades da América do sul é raro encontrar uma emissora em UHF que opere acima do canal 40 (os canais usados pelos equipamentos de investigação costumam ser a partir do canal 40).

Os transmissores que utilizam frequências acima de 850 MHz têm a vantagem de garantir uma segurança maior do sinal que está sendo transmitido. Isto acontece porque os aparelhos de TV estão geralmente programados para receber apenas sinais até esta faixa de 850 MHz. Equipamentos domésticos para a recepção de sinais de vídeo acima desta faixa são menos comuns. Apenas agências de inteligência e contra inteligência, estações receptoras de sinais de satélite e organizações do gênero estão equipadas com estes receptores. Assim, para a recepção de sinais RF muito altos, é necessário o uso de receptores específicos, como no caso de alguns conjuntos ofertados pelo mercado.