O que é o quê faz um DVR?

 

Na área de segurança e de investigações eletrônicas uma sigla tem sido empregada com muita frequência quando se fala de equipamentos de filmagens: o “DVR”. Mas afinal, o que vem a ser um DVR?

 

DVR é uma abreviação de Digital Video Recorder, do original em inglês, cuja tradução é Gravador Digital de Vídeo. Embora o nome se refira apenas à gravação de vídeo, a quase totalidade dos equipamentos de DVR realiza também a gravação do áudio em conjunto com o vídeo.

 

O tipo de DVR mais comum são aqueles que compõem os sistemas de Circuito Fechado de Televisão (ou simplesmente CFTV). Nestes sistemas, os DVRs apresentam-se com um aspecto físico (dimensões e peso) muito parecido com um aparelho de DVD comum e são empregados em substituição aos antigos Vídeos K-7. Logo, em um sistema de CFTV, os DVRs são os equipamentos responsáveis por realizar, entre outras coisas, as gravações dos sinais de áudio e vídeo capturados pelas câmeras.

 

Estes DVRs empregados em sistemas de CFTV têm geralmente uma memória com tamanho variando entre 500 GB e 2 TB (Tera Byte), que por sua vez, serão suficientes para gravar, aproximadamente, entre 30 e 120 dias consecutivos de imagens, dependendo da resolução adotada pelas câmeras (esta autonomia considera um CFTV de 04 câmeras).

 

Uma outra aplicação bastante comum dos DVRs, para quem trabalha com investigações eletrônicas, é o seu uso em micro câmeras dissimuladas. Desde o final da década passada o mercado vem oferecendo uma grande variedade de disfarces para as micro câmeras dissimuladas, tais como: chaveiros, chaves, bonés, relógios, canetas, tênis, lanternas, óculos, botões de camisa, parafusos e tomadas para ficar só em alguns exemplos. Antigamente, estas micro câmeras (que eram maiores e mais pesadas) deveriam ser conectadas a um transmissor sem fios ou diretamente ao equipamento de gravação “portátil” da época, chamado de “Mini vídeo K-7 8mm” que eram grandes (15x6x3cm) e pesados (cerca de 600 gramas).

 

Hoje em dia toda esta nova geração de micro câmeras dissimuladas contempla um DVR embutido. Assim, com o advento da miniaturização dos componentes, em uma simples caneta é possível embutir uma micro câmera e um DVR, tudo em um prático disfarce em peça única.

 

Neste ponto, é importante destacar que estas micro câmeras dissimuladas têm memória interna (ou um slot para cartão de memória) de até 32 GB, o que permite armazenar cerca de 21 horas de gravações, considerando-se uma resolução média da imagem da câmera. Como medida padrão para os equipamentos de filmagens dissimuladas, cada 1 GB de memória é capaz de armazenar cerca de 40 minutos de vídeo (considerando-se uma resolução média da câmera).

 

Contudo, a autonomia de operação destes dispositivos portáteis é limitada pela bateria, e não pelo tamanho da memória. Desta forma, quase todas as opções de micro câmeras dissimuladas atualmente disponíveis no mercado internacional têm uma autonomia de baterias de até duas horas de gravações contínuas. As exceções desta limitação de duas horas são geralmente para os equipamentos que funcionam conectados à tomada (como é o caso do DVR dos sistemas de CFTV ou de micro câmeras cujo disfarce permita uso de energia DC, como uma câmera dissimulada em rádio relógio ou em sensor de presença).

Para contornar esta questão da limitação de baterias, algumas raras câmeras dissimuladas são fornecidas sem DVR embutido. Neste caso, deve-se empregar um DVR externo, que opção de memória de mais 500 . Estes são sempre pequenos, apresentam pouco peso, e são capazes ainda de fornecer alimentação para a micro câmera através de um único cabo com conexão USB. Em sistemas desta natureza (micro câmera + DVR externo) é possível obter uma autonomia de baterias de cerca de 06 a 08 horas consecutivas. Desta forma, sacrifica-se a compactação do disfarce, mas ganha-se em autonomia de operação.