CÁLCULO DE AUTONOMIA DOS TRANSMISSORES

  

De reduzidas dimensões e baixo peso, os transmissores RF permitem com que sejam facilmente transportados junto ao corpo, de maneira discreta. Neste caso o equipamento transmite o sinal, em tempo real, para uma equipe de apoio que encontra-se nas cercanias, e naturalmente dentro do raio de alcance do sinal.

 

TRANSMISSORES DE CORPO

No caso de utilização junto ao corpo, devemos considerar as limitações no que se refere à autonomia do equipamento, visto que o transmissor deverá utilizar baterias (corrente contínua – DC) ao invés da alimentação pela rede elétrica (corrente alternada – AC). Como regra geral (mas lembre-se que para toda regra existem exceções), quanto maior a potência de saída do equipamento, maior será seu alcance, e menor será sua autonomia. Entretanto, transmissores de maior alcance (acima de 400 metros) geralmente têm uma autonomia mínima de transmissão não inferior a duas horas.

 

TRANSMISSORES IMPLANTADOS NO AMBIENTE

Uma outra aplicação muito comum para este tipo de dispositivo é instalá-lo no ambiente alvo do monitoramento. Para isto, existem duas formas distintas. A primeira consiste em instalá-lo no ambiente alvo, com a máxima descrição possível, em um local próximo à fonte do áudio que deseja-se captar. Por exemplo, no teto acima da mesa do alvo; sob a mesa, próximo ao telefone; no interior de divisórias de paredes, através da cadeira do alvo, e em outros locais que a imaginação e as condições do ambiente permitirem. Uma opção a mais para o uso destes dispositivos é instalá-los no interior de um objeto comum ao ambiente (uma calculadora de mesa no caso de um escritório, por exemplo) ou adquirir o dispositivo já dissimulado (o mercado oferece transmissores dissimulados em canetas, “T” de tomadas, filtro de linhas para computadores, e etc.).

A instalação no próprio ambiente, ao invés de carregá-lo no corpo, permite a superação da questão da autonomia de transmissão, limitado às características da bateria. Pois, certos transmissores dissimulados alimentam-se da própria corrente elétrica do ambiente alvo (corrente alternada – AC). Isto faz com que o usuário não depare-se com a questão de limitação na autonomia de transmissão. Isto acontece porque o transmissor alimenta-se da corrente AC, ou seja, só encerra a transmissão se o fornecimento de energia elétrica para aquele ambiente for interrompido. Entretanto, devemos lembrar que certos disfarces, só permitem alimentação por baterias (corrente DC), como os transmissores dissimulados em caneta, calculadora de mesa, cinzeiros, quadros de parede e etc. E nestes casos, geralmente os transmissores apresentam um menor alcance da transmissão do sinal (até cerda de 200 metros), mas com a contrapartida de uma maior autonomia das transmissões (em alguns casos, medida em semanas de uso).

 

CÁLCULO DE AUTONOMIA

De qualquer forma, para se calcular a autonomia de operação de qualquer equipamento eletrônico (o que inclui os transmissores), basta realizar uma simples operação matemática onde são dados (1) o consumo de energia do equipamento (por exemplo 50 mA – miliampéres) e a corrente da bateria (por exemplo 300 mA / h). Tendo conhecimento destes dados basta dividir o segundo pelo primeiro. No exemplo citado teríamos que:

 

Autonomia de uso   =      corrente da bateria      =       300 mA / h      =   6 horas

do equipamento               consumo do eqptº                 50 mA