CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A UTILIZAÇÃO DE TRANSMISSORES

 

A utilização de transmissores no corpo ou no ambiente demanda um planejamento prévio no que diz respeito a:

 

EMPREGO DE EQUIPAMENTOS TRANSMISSORES

Equipamentos transmissores de áudio são geralmente empregados para (1) garantir a integridade do agente infiltrado em um determinado ambiente, através da transmissão em tempo real do que se passa com ele. (2) Gravar o áudio de determinado ambiente, cujo local apresenta difícil acesso para frequentes entradas e saídas de agentes para a troca de baterias e fitas de gravadores. Neste caso, adentra-se o local uma única vez, para instalar um transmissor alimentado por corrente DC (malha elétrica do ambiente). (3) Garantir a ação de um grupo de resposta rápida num determinado momento de uma operação, cuja identificação só seria possível através da transmissão em tempo do que se passa no ambiente a ser monitorado. (4) Gravar um áudio que apresenta também a necessidade de ter sua audição em tempo real.

Para a gravação de áudio ambiente, sempre que possível, dê preferência à utilização de gravadores ao invés de transmissores RF. A substituição do transmissor pelo gravador, acarreta uma série de vantagens, a saber: (1) maior segurança, pois um gravador é muito mais difícil de ser identificado do que um transmissor. Afinal, um gravador não transmite nenhum tipo de sinal, apenas grava o áudio! Logo, sua identificação por equipamentos eletrônicos de varredura torna-se muito mais difícil. (2) Uma gravação, ao contrário de uma transmissão, não está sujeita às tão comuns interferências RF que ocasionalmente podem fazer com que um determinado trecho da transmissão seja sobreposto por ruídos ou outros tipos de interferências. (3) Geralmente os bons gravadores são mais baratos que os bons transmissores.

Os transmissores RF de áudio são equipamentos elementares para qualquer equipe de investigações e de ampla necessidade para a prática de investigações em certos tipos de operações. Principalmente daquelas que necessitam o acompanhamento em tempo real do que se passa com um agente infiltrado ou em um determinado ambiente suspeito. Em certos tipos de operações, como veremos, outros equipamentos poderão ser mais indicados.

Contudo, antes de se utilizar um transmissor, lembre-se de fazer um planejamento para seu uso. Qual é a autonomia mínima de transmissão desejável para a operação? Qual a faixa de freqüência mais indicada? É seguro trabalhar nesta faixa de freqüência que foi definida? Em função da escolha desta ou daquela faixa de freqüência não há o risco deste sinal coincidir com outras transmissões em curso no local?

Em relação à transmissão do sinal, verifique se há muitas barreiras físicas presentes entre o ponto onde estará o transmissor e o local indicado para a recepção do sinal. Há necessidade de se empregar uma antena externa, dissimulada ou não? Ou quem sabe mesmo uma antena direcional? Se mesmo com o emprego de antenas especiais o alcance ficar curto, utilize uma repetidora de sinais.

Lembre-se de colocar baterias novas sempre que for começar uma operação. Realize testes prévios no local com o transmissor e o receptor para que não hajam surpresas desagradáveis.